Hellboy está de volta aos cinemas, e após dois filmes bem sucedidos com direção de Guilhermo Del Toro e a má recepção dos fãs que estavam esperando o fechamento da trilogia ao invés de um reboot, a pergunta que não quer calar.
Hellboy Vale a pena essa nova versão do demônio nos cinemas?
Para responder a essa pergunta é necessário estabelecer alguns pontos positivos.
O visual das criaturas e do próprio Hellboy são muito bons, nada a questionar. Além disso, a atuação de David Harbour no papel principal segue a altura e até melhor do que seu antecessor Ron Perlman. Nada é um problema com relação a essas partes. A fotografia junto com as cenas de ação e o gore (sangue) para o público certo (censura 18 anos) são bem corajosos.
Tendo em vista que quanto maior for a censura de um filme, menos salas ele será exibido e portanto terá menos dinheiro. No entanto, pela ousadia, a direção e o estúdio tem que ser elogiados.
Agora as partes que prejudicam o longa: a começar pela trama. Traz muitas referencias as ótimas hqs, mas o tempo do filme em tela (cerca de 2 horas) não é suficiente. Tudo parece que é jogado e não vai se resolvendo. Além disso, todo o universo de Hellboy e seus inúmeros personagens são muito bons. Porém, para um filme que ainda não se estabeleceu, jogar tudo isso de cara para o público, deixa a trama confusa. Se fosse uma série, seria ainda mais explorada, mas para um filme, tudo isso infelizmente se perde.
A sensação que temos ao terminar de ver Hellboy, é que as intenções foram as melhores possíveis, mas jogar tudo de uma vez para o espectador e no final não lhe dar as respostas de pronto aviso, prejudicam essa obra.
Mas e agora vamos para as conclusões. Hellboy vale a pena? É bom, mas falta algo. Além disso se transforma em uma série ficaria formidável. Porém, como obra cinematográfica falhou.
Nota: 6,5
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