Uma das maiores séries de todos os tempos se chama Breaking Bad, mostrando uma trama humana de um sujeito desesperado que faz qualquer coisa para o bem de sua família e que em certo ponto tenta voltar atrás em sua trajetória, mas percebe que tudo o que fez não tem volta. Ao longo de 5 temporadas fomos brindados com personagens inesquecíveis e um final digno de todo o arco que foi construído.
A Netflix nos brinda trazendo um epílogo para todo aquele final memorável, mostrando as consequencias daquele último ato de cada personagem, com o retorno de Jesse Pinkman( Aaron Paul) e como ele de fato, vai tentar seguir com sua vida, ao mesmo tempo em que tenta fugir da polícia.
O criador da série Vince Gilligan bancou toda essa produção e assume a direção desse longa e mostra que não perdeu a mão trazendo todo o clima tenso e angustiante da série de volta em pouco tempo. Tudo que amamos está de volta, desde a carga emocional forte até a fotografia e visuais estéticos que favorecem todo aquele tom que estávamos acostumados ao longo de anos acompanhando.
Aaron Paul também assume a produção e seu eterno Pinkman, cujo filme segue desde o exato momento em que o final da série o deixou – finalmente libertado por White do castigo a que o próprio sócio o condenara: anos acorrentado, enjaulado e tratado como animal por um cartel para produzir, como escravo, a metafentamina desenvolvida por Heisenberg. Existe um tom de homenagem aos westerns americanos que logo é concretizado em um dos momentos mais tensos do longa.
Vários personagens memoráveis retornam em flashbacks abrilhantando mais todo o clima de fechamento de uma marcante história, e ainda com a presença de Robert Forster como o cara que Jesse vai atrás para finalmente mudar a sua vida. Robert que faleceu no dia da estréia do filme na Netflix (11), que nos brinda em sua despedida com uma atuação absurda.
El Camino traça o fim e se torna digna de qualquer grande episódio que a série já produziu. Uma despedida justa e honrosa a todo esse universo.
Nota: 9,0
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