Fazia tempo que a Netflix não oferecia um produto realmente de qualidade para seus assinantes. Streaming que atualmente estava mais focado em produções infanto- juvenis de qualidade discutível, tinha parado um pouco no tempo em quesito de grandes obras.
O Gambito da rainha, ou em seu título original, The Queen’s Gambit, estreou recentemente em seu catálogo sem muito alarde e logo foi conquistando grandes fãs com uma trama simples que envolve o mundo do xadrez, mas com excelentes personagens, atuações e um roteiro que prende o espectador.
Qual A Trama De O Gambito da Rainha da Netflix?
Em um orfanato no estado de Kentucky (EUA), nos anos 1950, uma garota chamada Beth Harmon (Anya Taylor-Joy, que vimos em produções como: Fragmentado e a Bruxa), descobre um talento impressionante para o xadrez enquanto luta contra o vício e os problemas que acompanham sua genialidade.
O xadrez é um dos esportes mais antigos já criados e um dos mais difíceis de serem acompanhados, mas a série deixa o espectador que não entende nada sobre as regras e tomadas de decisões, nem um pouco perdido, já que as narrações, algumas delas em off e outras com narradores em competições por si só, deixam tudo bem entendido sobre o que anda acontecendo.
Beth Harmon tem um processo de evolução impressionante para alguém de sua idade e logicamente, como a série está nos anos 60, como a protagonista é mulher irá encontrar a resistência.
O Texto A Seguir Pode Conter SPOILERS Sobre O Enredo Principal Dessa Mini-Série, Então Leia Com Sua Conta Em Risco:
A Mini-Série O Gambito da Rainha da Netflix, É Boa? Vale A Pena?
Adaptada por Scott Frank, do romance de mesmo nome escrito por Walter Tevis, O Gambito da Rainha, a mini-série tem começo, meio e seu fim, fechando o arco sem pontas soltas e sem justificativa para uma continuação. O que é ótimo assim.
A protagonista vivida por Anya Taylor-Joy, tem sua enorme esperteza dentro do jogo, mas ao mesmo tempo guarda indícios que podem lhe prejudicar mais para a frente, como o vício que ela tem desde a época em que vivia no orfanato.
Todo o clima é muito bem ambientado nos anos 60, o elenco de suporte funciona muito bem para serem ao mesmo tempo os grandes obstáculos na carreira de Beth em sua jornada e também, serem os grandes professores da mesma.
Cada personagem apresentado em diversas situações ao longo da série, são importantes em sua grandeza para a protagonista, começando pelo zelador do orfanato, Sr. Shaibel, que apesar de ser bem mais fechado comparado aos outros personagens que passam pela vida de Beth, passa sua sabedoria sobre o jogo da melhor forma possível.
Ou seja, todo o elenco foi muito bem escolhido a dedo, a protagonista com vários traumas em sua vida, tenta suportar tudo isso tornando o seu vício em pílulas e bebidas conjunto a sua vivencia no xadrez.
Como nada nessa vida é perfeito, o espectador pode ficar um pouco perdido com algumas partidas , algumas delas bem longas para falar a verdade, mas que com algumas narrações tornam não tão entendidas, mas melhores explicadas.
O gambito da rainha mostra que a Netflix pode fugir um pouco de produções adolescentes sem cérebro e focar em grandes produtos. Produtos esses bem simples e que podem se tornar maiores nas mãos de pessoas competentes.
Nota: 9,0 de 10,0
Ficha Técnica
- Título Original: The Queen’s Gambit
- Duração: 393 minutos
- Ano produção: 2020
- Estreia: 23 de outubro de 2020
- Distribuidora: Netflix
- Dirigido por: Scott Frank
- Classificação: 16 anos
- Gênero: Drama
- Países de Origem: EUA
Sinopse:
O Gambito da Rainha acompanha a vida e a trajetória de Beth Harmon (Anya Taylor-Joy), menina órfã que se revelou um prodígio do xadrez. Só que, aos vinte e dois anos de idade, ela precisou enfrentar seu vício para conseguir se tornar a maior jogadora do mundo.
Elenco:
Anya Taylor-Joy, Marielle Heller, Thomas Brodie-Sangster, Bill Camp, Moses Ingram, Chloe Pirrie.
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